terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O neonazismo e a crise:








Com o aprofundamento da crise económica mundial, ganham força os movimentos de extrema-direita na Europa. Na maioria dos países europeus, grupos políticos fascistas e neonazistas ganham simpatias e adesões, especialmente entre os jovens. Em alguns países, como a Itália e a Áustria, partidos de extrema-direita tiveram um grande sucesso eleitoral, passando a constituir bancadas parlamentares e ocupando parte de governos. Haveria paralelos com a crise de 1929 e a ascensão do nazismo na Europa?
Como podemos explicar o crescimento da extrema-direita no território europeu?



O aumento da desigualdade social e do desemprego, as principais consequências visíveis do desmonte social e das políticas de privatização das últimas décadas, contribuíram para produzir um antigo fenómeno social: o aumento do racismo e da xenofobia. Em períodos marcados pela recessão e pela ausência de movimentos e utopias revolucionários, abre-se o espaço para a interpretação simplista e populista da realidade, que culpa os estrangeiros pelos problemas sociais. A ausência de alternativas políticas e o consequente sentimento de impotência e desesperança social são um terreno fértil para o aumento da xenofobia.
No actual cenário, o processo de mundialização do capital contribuiu para a reafirmação de estratégias de organização política com carácter nacionalista. A perda de identidade cultural, decorrente de uma crescente homogeneização da oferta de mercadorias, línguas e moedas, reforça o sentimento de nostalgia da população em relação ao período da Guerra Fria, que permitiu a construção do Estado de bem-estar social no ocidente europeu. Nesse contexto, ao invés de buscar compreender os problemas sociais de forma histórica e estrutural, a tendência é identificar um “bode expiatório”, um culpado pela situação.
O contexto actual é outro, mas há semelhanças com outros períodos propícios à emergência de propostas políticas totalitárias. O período em que Hitler e Mussolini chegaram ao poder foi influenciado pela ascensão do nacionalismo, corrente política que se fortaleceu no contexto de derrotas de grandes impérios monárquicos na 1ª Guerra Mundial. Os conflitos entre povos e o racismo, entretanto, são muito mais antigos na Europa. A disputa por territórios e recursos naturais constitui a base do colonialismo europeu e o nacionalismo historicamente serviu para criar uma coesão interna nos países, eliminando as contradições de classe e legitimando o investimento bélico.
Em países que não se empenharam em reflectir criticamente seu passado com as actuais gerações, como é o caso da Áustria, essa tendência tende a ser mais forte, como pudemos ver nas últimas eleições, nas quais a extrema-direita obteve recorde de votos, especialmente entre os jovens. Em outros países, como a Alemanha, se intensifica a ofensiva de repressão aos movimentos sociais por parte de governos de direita, legitimado pelo discurso de “combate ao terrorismo”. Enquanto a ideologia do totalitarismo mobiliza a sociedade a seu favor, ditaduras reprimem movimentos sociais. Essa parece ser a diferença fundamental entre a direita e a extrema-direitas, que dominam o actual cenário político europeu.

A bomba perdida





Os Estados Unidos perderam uma bomba nuclear debaixo do gelo no norte da Gronelândia, na sequência da queda de um dos seus bombardeiros há 40 anos. Thulé, construída em plena guerra-fria nos inícios da década de 1950, ,e considerada de grande importância estratégica e elemento-chave da cadeia de radares do NORAD (sistema de vigilância do espaço aéreo dos Estados Unidos).



A 21 de Janeiro de 1968, um B-52 despenhou-se no gelo a alguns quilómetros de Thulé e as equipas de investigação conseguiram apenas recuperar três das quatro bombas nucleares que seguiam a bordo da aeronave.



imagem de um B-52





Em Abril do mesmo ano, buscas submarinas realizadas para localizar a quarta bomba não tiveram qualquer sucesso.
Segundo a BBC, responsáveis norte-americanos estimam que a radioactividade deve ter-se dissolvido na imensa massa de água da região, impedindo qualquer perigo de contaminação. A presença de armas nucleares na Gronelândia, território autónomo sob administração da Dinamarca, foi guardada secretamente, assim como a natureza das buscas efectuadas para localizar a bomba.

Documentos classificados obtidos por um grupo de ex-trabalhadores de uma base americana em Thule, sugerem que uma de 4 bombas de hidrogénio que vinham a bordo de um B-52 que se despenhou em 1968 nunca foi encontrada. O acidente, que se sucedeu em janeiro de 1968, levou a uma crise de relações entre a Dinamarca e os estados unidos.

Churchill e a execução de Hitler

Sir Winston Churchill



Sir Winston Churchill, o primeiro ministro britânico durante a segunda guerra mundial, planeou executar Adolf Hitler na cadeira eléctrica se o líder Nazi caísse nas mãos dos aliados.

Documentos desclassificados revelaram que Churchill se opunha aos julgamentos por crimes de guerra, preferindo que as figuras mais importantes do estado Nazi fossem executadas, incluindo Hitler. Esses documentos também revelaram que ele estava disposto a destruir aldeias e vilas alemãs indefesas, como retaliação pelas atrocidades cometidas pelos Nazis na Checoslováquia.

Ku Klux Klan (KKK)



website: http://www.kkk.com/




Ku Klux Klan é o nome de várias organizações racistas dos Estados Unidos que apóiam a supremacia branca e o protestantismo (padrão conhecido também como WASP) em detrimento a outras religiões. No seu auge esta organização foi localizada principalmente na região sul dos Estados Unidos em estados como Texas e Mississipi.




Membros da Ku Klux Klan desfilam em Washington, na Pennsylvania Avenue, 1928



Símbolo do mal

O emblema da KKK é circular em referência ao nome da organização – que vem de kuklos, “círculo” em grego. Dentro dele existe um losango que guarda uma “gota” do sangue derramado em nome da raça ariana.



A Bandeira

Originalmente, os integrantes da KKK usavam a bandeira confederada nos rituais. Mas, com a derrota dos sul-americanos na Guerra Civil Americana, ela foi substituída pela dos EUA. A presença da bandeira faz sentido: a organização foi sempre ultranacionalista e xenófoba.


A cruz

Atear fogo a uma cruz era o primeiro passo da cerimônia. Para os membros da KKK, a cruz em chamas é uma alusão ao fogo de Cristo. No passado, quando não havia luz elétrica, a chama acabava também por ajudar a iluminar o local, já que os rituais ocorriam sempre à noite.



A vestimenta

O uniforme – capuz e túnica brancos – foi inspirado na ordem religiosa dos Pastas, da Espanha. Alguns historiadores, no entanto, preferem acreditar que estas vestimentas representavam fantasmas de soldados confederados, que morreram durante a guerra civil.








Existência do grupo: 1º Klan 1865-1870 - 550,000 membros
2º Klan 1915-1944 - 4,000,000 membros
3º Klan 1945-Presente Membros - 8.000 membros

Posição política: Extrema-direita



segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Nazismo na práctica


A política de massas



Apesar de toda a sua doutrina antidemocrática, o nazismo considerou que poderia estabelecer uma autoridade muito maior se chegasse ao poder através das urnas com o apoio da massa.
Com esse intuito os nazistas produziram dos mais diversos discursos e ações, principalmente emotivas, que conseguissem conquistar a população para o seu próprio benefício. Tal situação era possível devido às recentes descobertas do subconsciente do pensamento humano e do irracional nas suas ações, o avanço das teorias psicanalíticas ajudaram a minar a convicção liberal de que a política significava homens livres escolhendo o melhor para a nação.

Ao contrário do que pensavam os liberais as motivações das massas são determinadas muito mais pela emoção e sentimentos do que pelo raciocínio bem defendido. Logo Hitler percebeu que esses sentimentos possuem sempre um lado positivo e um negativo, amor ou ódio, certo ou errado, verdade ou mentira.
Essa relação dava-se de forma extremamente clara na sociedade de uma forma geral, o lado positivo era transmitido com nostalgia a todas as categorias ligadas a uma sociedade alemã anterior que estava a perder-se, logo, esse lado está extremamente relacionado aos princípios fundamentados na própria tradição.


Rumo ao totalitarismo




Com o apoio das massas populacionais Hitler atraiu um amplo eleitorado e colocou os conservadores numa difícil situação. Para que pudessem opor-se à esquerda comunista que tinha maioria parlamentar era necessário uma aliança com os fascistas. Os conservadores sempre desprezaram os nazistas, trazê-los para dentro do governo foi um acto de desespero diante de uma ameaça “maior”, o comunismo. A dificuldade do estado liberal em dar soluções satisfatórias ao momento de crise econômica devido ao "crash" na bolsa abriu uma brecha para alternativas ao poder, o fascismo soube aproveitar isso e assumiu o governo em 1932. No ano seguinte Hitler aumentou seu poder e estabeleceu uma ditadura de partido único. Desde então o poder nazista não parou de crescer, aos poucos todas as máscaras que a propaganda foi capaz de criar foram caíndo e o nazismo revelou a todos a sua terrivel face.

A propaganda



A degradação ética do nazismo tornou-se mais clara pelas práticas de propaganda. Como Hitler deixou claro em Mein Kampf a propaganda nazista tinha o intuído de levar o povo à vontade. Para ele a propaganda deveria ser popular, dirigida às massas e desenvolvida de modo a levar em conta um nível de compreensão dos mais baixos. Deveria restringir-se a poucos pontos, repetidos incessantemente. O essencial era atingir o coração das massas, compreender seu mundo e representar seus sentimentos. Tudo era feito de maneira a que todos trabalhassem em benefício dos nazistas. O nazismo não desejava conquistar somente a mente, mas principalmente o coração do povo e mantê-lo dependente junto a si. O maior desejo dos nazistas era a conquista e a dominação.